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A origem dos aromas
Os antigos egípcios amavam os aromas. Associavam as fragrâncias com os deuses e reconheciam o seu efeito positivo sobre a saúde e bem estar. Perfumes eram geralmente aplicados como pomadas à base de óleo, e havia várias receitas e representações de preparação do perfume nos templos de todo o Egito.
Na antiguidade, o termo odor era ligado apenas ao olfato. A palavra perfume foi adotada apenas séculos depois, quando os romanos levaram do Egito a Roma o hábito de aromatizar ambientes com óleos essenciais das plantas. O paladar uniu-se ao olfato e as essências passaram a ser usadas também em bebidas, como os vinhos. Essa junção teria dado origem ao termo, que ganhou significado bem mais abrangente do que um simples odor.
Para sua terra, os romanos levaram, também, a cultura dos banhos orientais, criando os balneários. Saudavam nobres e até gladiadores com pétalas e água de rosas. Eles adaptaram os banhos aromáticos dos orientais, de natureza higiênica, e os transformaram em verdadeiros encontros sociais. Mais tarde, esse lado social ganhou conotação de libertinagem sexual, e os banhos coletivos viraram bacanais. Podemos dizer que, por isso, quando se fala em casas de banho, saunas e massagens, para muitos vem a ideia da prostituição.
Os aromas da natureza continuaram a ser utilizados como proteção ao longo dos tempos. Jesus Cristo, ao nascer, recebeu três presentes dos reis magos: ouro, incenso (olíbano – resina usada em turíbulos nas igrejas) e mirra. Maria Madalena, ao lavar os pés de Cristo num gesto de devoção e fé, usou óleos de nardo e valeriana, de origem asiática.
Nas cruzadas, as essências tinham uso terapêutico: a mistura de mirra e olíbano com gordura animal fechava cicatrizes. Em 1223, o papa Gregório IX proibiu o uso de óleos e aromas na medicina, e eles ficaram restritos aos perfumes. Na província francesa de Grasse – até hoje conhecida como o berço dos perfumes –, os químicos sintetizavam as substâncias e começavam a elaborar perfumes em grande escala.
Ainda na Idade Média, o perfume era restrito à camada nobre da população, e ganha a função de seduzir, principalmente a mulher para com o homem. Era uma forma de poder, como mostrou a rainha Isabel de Castela, ao incentivar os navegantes, a caminho das Índias, a levar especiarias e óleos essenciais, que passaram a ter valor comercial. No século 16, outra mulher poderosa, Catarina de Médici, sai da Itália para se casar com Henrique, futuro rei da França. Usando perfume feito em Paris com alecrim, conhecido por seus efeitos rejuvenescedores, cria uma moda e os aromas passam a ser processados industrialmente.
O olfato é o mais poderoso dos sentidos, porque afeta em níveis físico, psicológico e social. Somos bombardeados por aromas o tempo todo, e escolhemos produtos de consumo pelo seu cheiro, que pode aproximar ou afastar. Até mesmo as pessoas podemos definir e selecionar pelo aroma. É pelo odor que os animais identificam parceiros e inimigos, e pressentem situações de proteção ou de perigo. Já as plantas utilizam os aromas para procriar.
Ao contrário das cores, o aroma é uma das coisas mais difíceis de se definir. Apesar de não ser palpável, o cheiro é algo que se conhece desde o nascimento. Provoca reações fortes por estar ligado ao sistema límbico e de sobrevivência da espécie. Pode gerar lembranças eternas, ao remeter a mente a antigas situações e experiências, boas ou ruins. Essa descoberta que fiz, como psicóloga, me levou a estudar a aromacologia.
A partir do século 20, essa ciência se transformou em marketing de divulgação de marcas. Caminha paralelamente à alta costura, permitindo o acesso a pessoas que não teriam condições de ter uma roupa de determinada grife – Chanel, Givenchy, Dior e Paco Rabanne, só para citar algumas. A aromacologia também criou profissões específicas, como a dos aromistas, que trabalham, por exemplo, em indústrias de automóveis; e a dos flavoristas, que adicionam aromas aos alimentos.
Se, nos primórdios, matavam-se animais para fazer os fixadores dos perfumes, tidos como afrodisíacos, e, no século 20, usavam-se vidros requintados e caros, seu uso hoje pode ser corriqueiro e acessível. O perfumista Charles Piesse introduziu o sistema piramidal de classificação das notas aromáticas: altas ou de cabeça (cítricas); médias ou de coração (florais); e baixas ou de fixação (amadeiradas). As notas cítricas e herbais têm mais a ver com nosso clima quente e úmido, e com a pele oleosa do brasileiro.
A utilização de óleos essenciais; e o uso terapêutico das plantas aromáticas são tão antigos quanto a própria civilização, sendo consideradas uma das mais primitivas formas de medicina e cosmética. A humanidade já utilizava óleos essenciais 4.500 a.C.
Muitos textos da Ásia ao Antigo Egito e grande parte da região do Mediterrâneo descrevem procedimentos e rituais nos quais eram usadas pomadas curativas, óleos medicinais, cataplasmas e essências. A prática de usar fumigações aromáticas para elevar o espírito e ajudar a curar doenças também teria sido utilizada pelas maiores civilizações de toda a história.
Embora seja difícil fixar a data exata da primeira extração do “óleo essencial”, plantas como o incenso, a mirra, o gálbano, a canela, a madeira de cedro, as bagas de zimbro e o nardo eram tão preciosas que o seu valor era equivalente ao das gemas e dos metais preciosos.
Na verdade, os precursores e criadores do que hoje é conhecido como aromaterapia são os antigos egípcios. Durante séculos, ervas, madeira, resina e cascas para incenso foram utilizados tanto no dia a dia quanto no processo de embalsamamento e mumificação dos mortos. Com o tempo, os egípcios refinaram o uso de substâncias aromáticas, passando do incenso aos remédios e cosméticos.
Os gregos também compreenderam os efeitos milagrosos da aromaterapia. Adquiriram a maior parte do seu conhecimento através dos egípcios, que eram excelentes especialistas nas propriedades de certas flores e plantas.